Portugal continua sob a potencial
ameaça da central de Almaraz
Portugal
continua a olhar com desconfiança para a sua segurança enquanto a velha central
nuclear de Almaraz continuar ativa, a despeito das “garantias” dadas pelas
autoridades espanholas.
O
facto é que mais uma vez, neste mês de fevereiro de 2016, a central nuclear
teve nova avaria tendo a administração da mesma emitido uma nota de imprensa dando
conta de que a mesma “teria sofrido uma paragem durante a operação de aumento
de carga, depois de ter sido efetuada a ligação da unidade à rede”.
A
central pertencente às empresas Iberdrola, Endesa e Unión Fenosa é arrefecida pelas
águas do Rio Tejo e situa-se a apenas 200 quilómetros da fronteira do Caia/Badajoz,
na província espanhola de Cáceres, num local bem conhecido dos portugueses que
viajam para Madrid.
É
ali que muitos condutores portugueses e espanhóis param, no conhecido Restaurante
Portugal, quando viajam pela E90, a estrada europeia que começa em Lisboa e
termina na Turquia, junto à fronteira com o Iraque.
Esta
é a quarta central nuclear de Espanha e começou a ser construída em 1972, nove
anos depois, em 1981, entrava em funcionamento o seu primeiro reator e dois
anos depois o segundo. O seu encerramento estava previsto para 2010 o que não
aconteceu, tendo o governo espanhol decidido protelar este encerramento por
mais 10 anos.
Neste
período de mais quatro anos, ou seja até 2020, esperemos que nada de mais grave
aconteça, sabido que quando se está a encerrar uma unidade industrial não é na
ponta final que se investe na mesma a não ser naquilo que é inadiável para a
sua produção.
Sendo
assim, entendo que a atenção a Almaraz deve ser reforçada, não só pelas
autoridades espanholas como também pelas portuguesas, é que um acidente naquela
central atómica não conhecerá fronteiras, sobrando para nós, com as inevitáveis
e imprevisíveis consequências.
Rui
Canas Gaspar
2016-fevereiro-28
www.troineiro.blogspot.com
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