Setúbal - Rio azul, Cidade
verde
Foi
na segunda reunião do Conselho de Opinião Setúbal XXI, dedicada ao ambiente, realizada
nos Paços do Concelho, em Setúbal, em 29 de outubro de 2015, que pela primeira
vez escutei o slogan: “Setúbal – Rio azul, Cidade verde”.
Ao
que parece a frase norteadora daquilo que se pretende seja um projeto ambiental
para Setúbal é da autoria da Presidente Maria das Dores Meira, tendo naquela
reunião sido tentada passar a mensagem do que o executivo municipal se propunha
levar a efeito em Setúbal na área do meio ambiente.
As
grandes linhas norteadoras assentam em cinco pontos fundamentais, a saber:
1.
Valorização
Ambiental
2.
Educação
Ambiental
3.
Salubridade
e Limpeza pública
4.
Qualificação
do espaço urbano e espaços verdes
5.
Qualidade
Geral do Ambiente
Gosto
do tema, identifico-me com ele, mas nestas coisas lembro-me sempre do meu amigo
Bispo D. Manuel Martins, que nos anos 80, no decurso de uma reunião
comemorativa de uma efeméride escutista, a que esteve presente Couto dos Santos
na qualidade de Secretário de Estado da Juventude e Desportos, depois de fazer
um belo discurso, aplaudido pelas centenas de escuteiros presentes, ouviu D. Manuel
Martins, com o seu jeito engraçado:
“Falaste
bem, disseste bem, agora faz como o disseste” é claro que o governante sorriu,
os escuteiros riram e aplaudiram, mas as promessas então feitas levaram-nas o
vento.
Não
gostaria de comparar as minhas palavras às de D. Manuel Martins, nem as
intenções de Dores Meira às de Couto dos Santos, mas confesso que como
setubalense me incomoda ouvir há tanto tempo as reclamações vindas dos lados de
Azeitão em relação à poluidora Carmona, sem haver uma resposta da Autarquia
àquela situação.
Também
me incomoda ver o miradouro da Várzea apresentado em tempos como ex-libris do
Parque Urbano ali a construir envolto em andaimes à meses, sem escutar uma voz
clara e inequívoca da Autarquia dizendo que aquela peça única do nosso património
coletivo vai ser recuperado.
Quanto
à limpeza dos espaços públicos continua deficiente e a ser alvo de reclamações
constantes.
Vimos
agora um pouco de luz ao fundo do túnel, nesta área, com a limpeza do espaço ao
longo da Avenida dos Ciprestes, retirando-se os muros e plantando-se cerca de
uma centena de bonitos e viçosos ciprestes.
Esperemos
que este ano seja colocado um pouco mais de ênfase na ação ambiental para que
tudo o que foi dito não passe de boas intenções, porque dessas, como diz o povo,
“está o inferno cheio”.
Rui
Canas Gaspar
2016-fevereiro-01
www.troineiro.blogspot.com
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