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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Setúbal - Rio azul, Cidade verde

Foi na segunda reunião do Conselho de Opinião Setúbal XXI, dedicada ao ambiente, realizada nos Paços do Concelho, em Setúbal, em 29 de outubro de 2015, que pela primeira vez escutei o slogan: “Setúbal – Rio azul, Cidade verde”.

Ao que parece a frase norteadora daquilo que se pretende seja um projeto ambiental para Setúbal é da autoria da Presidente Maria das Dores Meira, tendo naquela reunião sido tentada passar a mensagem do que o executivo municipal se propunha levar a efeito em Setúbal na área do meio ambiente.

As grandes linhas norteadoras assentam em cinco pontos fundamentais, a saber:

1.   Valorização Ambiental
2.   Educação Ambiental
3.   Salubridade e Limpeza pública
4.   Qualificação do espaço urbano e espaços verdes
5.   Qualidade Geral do Ambiente

Gosto do tema, identifico-me com ele, mas nestas coisas lembro-me sempre do meu amigo Bispo D. Manuel Martins, que nos anos 80, no decurso de uma reunião comemorativa de uma efeméride escutista, a que esteve presente Couto dos Santos na qualidade de Secretário de Estado da Juventude e Desportos, depois de fazer um belo discurso, aplaudido pelas centenas de escuteiros presentes, ouviu D. Manuel Martins, com o seu jeito engraçado:

“Falaste bem, disseste bem, agora faz como o disseste” é claro que o governante sorriu, os escuteiros riram e aplaudiram, mas as promessas então feitas levaram-nas o vento.

Não gostaria de comparar as minhas palavras às de D. Manuel Martins, nem as intenções de Dores Meira às de Couto dos Santos, mas confesso que como setubalense me incomoda ouvir há tanto tempo as reclamações vindas dos lados de Azeitão em relação à poluidora Carmona, sem haver uma resposta da Autarquia àquela situação.

Também me incomoda ver o miradouro da Várzea apresentado em tempos como ex-libris do Parque Urbano ali a construir envolto em andaimes à meses, sem escutar uma voz clara e inequívoca da Autarquia dizendo que aquela peça única do nosso património coletivo vai ser recuperado.

Quanto à limpeza dos espaços públicos continua deficiente e a ser alvo de reclamações constantes.

Vimos agora um pouco de luz ao fundo do túnel, nesta área, com a limpeza do espaço ao longo da Avenida dos Ciprestes, retirando-se os muros e plantando-se cerca de uma centena de bonitos e viçosos ciprestes.

Esperemos que este ano seja colocado um pouco mais de ênfase na ação ambiental para que tudo o que foi dito não passe de boas intenções, porque dessas, como diz o povo, “está o inferno cheio”.

Rui Canas Gaspar
2016-fevereiro-01

www.troineiro.blogspot.com

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