Há dias felizes
Robert Baden-Powell sentindo que
se aproximava a hora da partida para o eterno acampamento, escreveu uma
mensagem destinada aos escu(o)teiros de todo o mundo apelando para que
procurassem deixar este mundo um pouco melhor do que o encontraram.
Como velho escuteiro (escuteiro
uma vez, escuteiro toda a vida) desde menino que interiorizei aquela mensagem
do chefe e tenho procurado nortear a minha vida pelos princípios aprendidos
desde rapaz nesse grande Movimento Universal.
É por isso que escrevo o que
penso e julgo ser o mais correto, no sentido de que este nosso belo planeta
azul possa ficar um pouco melhor, com o meu pequeno contributo, não me movendo
por interesses político/partidários, de protagonismo, ou outro que não seja o
bem comum.
Posto isto, penso que dará para
inferir de quais os interesses que me movem e como tal também para perceber que
quando escrevo algo apontando para questões que considero anómalas não
significa que estou contra partidos, entidades ou pessoas, mas sim contra
situações que estão incorretas, segundo minha opinião.
O início da tarde deste dia 21 de
novembro de 2014 encontrou-me deveras satisfeito. Depois de uma manhã a
trabalhar fora, quando cheguei à Avenida Independência das Colónias verifiquei
que tinham sido desentupidas as sarjetas, com o recurso a uma máquina de alta
pressão, uma situação que estranhamente se arrastava há anos e que por coincidência
hoje foi resolvida passadas algumas horas de ter sido colocado um texto na net
sobre o assunto.
Mais satisfeito fiquei quando
encontrei de boa saúde o vizinho que tinha sido atropelado nesta concorrida artéria,
ontem à noite, numa altura que chovia e a visibilidade era fraca.
Finalmente, ao passar perto do
Largo do Sapalinho, ali junto à Praça de Bocage, reparei que os andaimes tinham
sido retirados e a Casa do Benfica, bem pintada, com as cores vermelho e branco
dava bem nas vistas e, embora não seja benfiquista não deixo de me congratular
com mais um edifício devidamente recuperado que ajuda a dar um melhor aspeto à
nossa baixa.
É assim, há dias felizes, como
dizia o “pão e uvas” conhecido cauteleiro setubalense. Com coincidências ou não,
o resultado final é o que conta, tal como acontece no futebol, em que o que são
contabilizadas para efeito de pontuação são as bolas que entram na baliza.
E agora que o Benfica dá mais nas
vistas lá no centro da cidade resta-nos gritar o vivó Vitória e vamos lá marcar
mais uns pontos, pintando umas passadeiras, tapando alguns buracos e acabando
de vez os passeios da rotunda da Avenida Europa.
Rui Canas Gaspar
2014-novembro-11
www.troineiro.blogspot.com
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