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terça-feira, 4 de novembro de 2014


Vamos conhecer um pouco sobre estes amigos de Setúbal

A Fundação Buehler-Brockhaus está sedeada em Setúbal, na Rua Praia da Saúde e trata-se de uma iniciativa de um casal de origem alemã.

Numa entrevista concedida à Lusa disse o Presidente da Fundação, Hans-Peter Buehler: "Chegámos em 2006, com uma inclinação para as questões culturais de Portugal e, sobretudo, de Setúbal. Pensámos constituir uma fundação e conseguimos a instalação em 2008".
 
De acordo com a sua esposa, Marion Buehler-Brockhaus, o casal achou que "a recuperação da parede [do mercado do Livramento] era uma ocasião fantástica para ajudar", e assim foi. "Setúbal tem uma coisa atraente. É como o amor. Não se sabe exatamente porquê, mas julgo que é a sua arquitetura, a paisagem, a serra e tudo o mais", acrescentou.
 
Em 2008 a Fundação assinou um protocolo com a Câmara Municipal de Setúbal, no âmbito do mecenato, com vista a apoiar a nossa terra, particularmente no campo das artes.

O restauro do painel de azulejos é somente um exemplo das diversas iniciativas culturais apoiadas pela Fundação Buehler-Brockhaus, que, entre outros contributos, também financiou as quatro esculturas de Augusto Cid alusivas às profissões, colocadas no Mercado do Livramento; o conjunto escultórico na rotunda das Fontainhas da autoria de Luísa Perienes; o “Zefiro” da autoria de Sérgio Vicente, colocado na rotunda Álvaro Cunhal, em Monte Belo; a escultura de Luísa Todi, assinada por Sérgio Vicente, colocada frente à entrada do Fórum Luísa Todi.

Para além destas obras de arte a Fundação apoiou com mais de 60.000 euros a beneficiação da Rua da Saúde, na zona ribeirinha da cidade; concedeu apoio financeiro ao FESTROIA e ao TAS de entre outros tipos de  apoio concedidos à cidade de Setúbal por quem se apaixonaram.

Que bom seria que algumas conhecidas pessoas que se querem fazer passar por bons setubalenses, proprietários de emblemáticas peças patrimoniais seguissem o exemplo destes nossos amigos e nem sequer era necessário proceder a quaisquer doações, bastaria que tratassem do seu próprio património de forma a que os seus conterrâneos pudessem desfrutar de uma vista mais agradável dessas peças, algumas em perfeito estado de abandono.

Rui Canas Gaspar
2014-novembro-04

www.troineiro.blogspot.com

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