Vamos conhecer um pouco sobre estes amigos de Setúbal
A Fundação Buehler-Brockhaus está sedeada em Setúbal,
na Rua Praia da Saúde e trata-se de uma iniciativa de um casal de origem alemã.
Numa entrevista concedida à Lusa disse o Presidente da
Fundação, Hans-Peter Buehler: "Chegámos em 2006, com uma inclinação para
as questões culturais de Portugal e, sobretudo, de Setúbal. Pensámos constituir
uma fundação e conseguimos a instalação em 2008".
De acordo com a sua esposa, Marion Buehler-Brockhaus,
o casal achou que "a recuperação da parede [do mercado do Livramento] era
uma ocasião fantástica para ajudar", e assim foi. "Setúbal tem uma
coisa atraente. É como o amor. Não se sabe exatamente porquê, mas julgo que é a
sua arquitetura, a paisagem, a serra e tudo o mais", acrescentou.
Em 2008 a Fundação assinou um protocolo com a Câmara
Municipal de Setúbal, no âmbito do mecenato, com vista a apoiar a nossa terra, particularmente
no campo das artes.
O restauro do painel de azulejos é somente um exemplo
das diversas iniciativas culturais apoiadas pela Fundação Buehler-Brockhaus,
que, entre outros contributos, também financiou as quatro esculturas de
Augusto Cid alusivas às profissões, colocadas no Mercado do Livramento; o
conjunto escultórico na rotunda das Fontainhas da autoria de Luísa Perienes; o “Zefiro”
da autoria de Sérgio Vicente, colocado na rotunda Álvaro Cunhal, em Monte Belo;
a escultura de Luísa Todi, assinada por Sérgio Vicente, colocada frente à
entrada do Fórum Luísa Todi.
Para além destas obras de arte a Fundação apoiou
com mais de 60.000 euros a beneficiação da Rua da Saúde, na zona ribeirinha da
cidade; concedeu apoio financeiro ao FESTROIA e ao TAS de entre outros tipos de
apoio concedidos à cidade de Setúbal por
quem se apaixonaram.
Que bom seria que algumas conhecidas pessoas que se
querem fazer passar por bons setubalenses, proprietários de emblemáticas peças
patrimoniais seguissem o exemplo destes nossos amigos e nem sequer era
necessário proceder a quaisquer doações, bastaria que tratassem do seu próprio
património de forma a que os seus conterrâneos pudessem desfrutar de uma vista
mais agradável dessas peças, algumas em perfeito estado de abandono.
Rui Canas Gaspar
2014-novembro-04
www.troineiro.blogspot.com
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