As Marchas já estão a ensaiar
Já está disponível para podermos
escutar aqui no youtube em https://www.youtube.com/watch?v=lYV6KwaZUOI
a Grande Marcha de Setúbal 2016, com
letra de José Condença, música de José Condinho e voz de Ivone Dias.
Setúbal tem tradição na organização
de marchas dos Santos Populares e de ano para ano elas atingem uma maior
popularidade e brilhantismo.
Vale a pena recordar a propósito o
nascimento da Palhavã, conforme descrevi no livro “Setúbal – Gente do Rio
Homens do Mar”.
“Estávamos
em 22 de junho de 1936, quando o grupo composto por Félix Santana, João
Rodrigues, Manuel Nabiça, Eduardo Reis, João das Dores e Adelino Bangué,
reunidos à volta de uma das mesas da Taberna do Nabiça, tomaram a decisão de
formar um grupo a que dariam o nome de Rancho Folclórico da Palhavã, escolhendo
para seu patrono São João, um dos tradicionais santos populares portugueses.
Na
génese da formação deste grupo esteve o facto de meses antes se terem
organizado em comissão com o objetivo de engalanarem algumas ruas do Bairro
Libertário (Palhavã) e de organizarem uma marcha popular conforme iniciativa da
Câmara Municipal de Setúbal que decidiu promover e apoiar as comissões de
bairro, atribuindo-lhes a responsabilidade pela organização e dinamização deste
tipo de festa verdadeiramente popular.
Para
apoiar esta iniciativa, a Câmara Municipal fornecia às comissões de bairro, os
mastros, as bandeiras e a necessária iluminação elétrica para dar mais brilho
aos arraiais. E foi assim que naquele ano de 1936, na zona da Palhavã, a Rua
José Carlos da Maia foi lindamente engalanada.
Fruto
desta iniciativa da Autarquia nasceriam assim as primeiras marchas sadinas
compostas por diversos grupos identificados pelo local da cidade onde estavam
instalados, a saber:
-
Marcha dos Olhos d’Água
-
Marcha da Rua Direita
-
Marcha da Travessa da Saúde
-
Marcha do Largo das Machadas
-
Marcha do Largo da Palmeira
Os
membros do novo clube ficaram tão entusiasmados com as marchas populares que
vistosamente desfilaram na Avenida Luísa Todi que decidiram no ano seguinte
apresentar a concurso a sua própria marcha.
Os
moradores locais trataram de preparar os seus arcos e balões e confecionaram os
trajes com que se iriam apresentar. Tudo isto foi feito com muito entusiasmo no
primeiro andar do número 146 da Rua José Carlos da Maia, considerada por isso,
a primeira sede do novo grupo.
E foi
de forma alegre e bem colorida que os marchantes da Palhavã sairiam pela
primeira vez, em 1937, cantando pela Rua José Carlos da Maia, ali bem perto da
Igreja de Nossa Senhora da Anunciada, uma música da autoria de Emílio Ferreira
com letra de António Alves da Mota.”
Rui
Canas Gaspar
2016-maio-08
www.troineiro.blogspot.com
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