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sexta-feira, 13 de maio de 2016

Mais um Mistério da Arrábida 

“Com objetivo de valorizar, preservar e promover a Arrábida e o seu património, a AMRS, na sequência do processo da candidatura da Arrábida a Património Mundial, considera necessário continuar a aprofundar o conhecimento sobre este território e a divulgar amplamente os valores patrimoniais nele existente.

E se muitos julgam conhecer a Arrábida e os mistérios que ela encerra, este livro pretende iluminar um mundo feito de escuridão e dar a conhecer uma pequena parte do tesouro que constituem as grutas da Arrábida e que poucos têm a sorte de conhecer”

Estes dois parágrafos de um pequeno texto de quatro, bem poderiam ser parte da nota de abertura do meu próximo livro “MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA” que, se nada houver em contrário, estará à disposição de quem o desejar dentro de poucas semanas.

Mas não, não foi escrito para o “MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA” ele foi escrito pelo Presidente do Conselho Diretivo da AMRS, Rui Manuel Marques Garcia, como Nota Prévia  ao fabuloso livro “GRUTA DO FRADE – O inimaginável Mundo dos Minerais”, editado em 2014, uma obra com cerca de 300 páginas, impressa em papel de grande qualidade e contando centenas de fotografias a cores.

Este trabalho é da responsabilidade do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul tornado público graças à Associação de Municípios da Região de Setúbal. No verso constam ainda referências ao PRODER, ao Ministério da Agricultura do Mar e à União Europeia, entidades que presumo tenham comparticipado nos custos dos 500 exemplares editados e que não se encontram à disposição do público.

O livro mostra-nos aquele que provavelmente será o segredo mais bem guardado da Arrábida. Uma gruta, ainda não totalmente explorada, com entrada pelo lado do mar.

Para ficarmos com uma pequena ideia imagine-se uma área com o comprimento entre o Largo da Misericórdia e a Fonte Nova, um espaço onde se encontram duas dezenas de amplas salas e longos corredores.

Algumas das salas têm lindos lagos e as estalagmites e estalactites deslumbram o olhar dos espeleólogos e até de quem tenha o privilégio de apreciar as fotos disponibilizadas no livro.

Mas se entendo perfeitamente que este espaço deve ser preservado, pelos mais diversos motivos, o que não entendo é que o livro pago com o dinheiro dos contribuintes, não esteja disponível para consulta dos interessados na Biblioteca Pública Municipal de Setúbal.

Ora se o Município setubalense faz parte da AMRS e como tal pagou indiretamente, porque razão um destes raros exemplares, que não estão à venda, não se encontra disponível para consulta na nossa biblioteca?

De facto se há mistérios na Arrábida, este provavelmente será mais um que os especialistas terão certamente de se debruçar. Digo eu!...

Rui Canas Gaspar
2016-maio-13

www.troineiro.blogspot.com

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