Mais um Mistério da
Arrábida
“Com
objetivo de valorizar, preservar e promover a Arrábida e o seu património, a
AMRS, na sequência do processo da candidatura da Arrábida a Património Mundial,
considera necessário continuar a aprofundar o conhecimento sobre este
território e a divulgar amplamente os valores patrimoniais nele existente.
E
se muitos julgam conhecer a Arrábida e os mistérios que ela encerra, este livro
pretende iluminar um mundo feito de escuridão e dar a conhecer uma pequena
parte do tesouro que constituem as grutas da Arrábida e que poucos têm a sorte
de conhecer”
Estes
dois parágrafos de um pequeno texto de quatro, bem poderiam ser parte da nota
de abertura do meu próximo livro “MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA” que, se nada houver em
contrário, estará à disposição de quem o desejar dentro de poucas semanas.
Mas
não, não foi escrito para o “MISTÉRIOS DA ARRÁBIDA” ele foi escrito pelo
Presidente do Conselho Diretivo da AMRS, Rui Manuel Marques Garcia, como Nota
Prévia ao fabuloso livro “GRUTA DO FRADE
– O inimaginável Mundo dos Minerais”, editado em 2014, uma obra com cerca de
300 páginas, impressa em papel de grande qualidade e contando centenas de
fotografias a cores.
Este
trabalho é da responsabilidade do Núcleo de Espeleologia da Costa Azul tornado
público graças à Associação de Municípios da Região de Setúbal. No verso constam
ainda referências ao PRODER, ao Ministério da Agricultura do Mar e à União
Europeia, entidades que presumo tenham comparticipado nos custos dos 500
exemplares editados e que não se encontram à disposição do público.
O
livro mostra-nos aquele que provavelmente será o segredo mais bem guardado da
Arrábida. Uma gruta, ainda não totalmente explorada, com entrada pelo lado do mar.
Para
ficarmos com uma pequena ideia imagine-se uma área com o comprimento entre o
Largo da Misericórdia e a Fonte Nova, um espaço onde se encontram duas dezenas
de amplas salas e longos corredores.
Algumas
das salas têm lindos lagos e as estalagmites e estalactites deslumbram o olhar
dos espeleólogos e até de quem tenha o privilégio de apreciar as fotos
disponibilizadas no livro.
Mas
se entendo perfeitamente que este espaço deve ser preservado, pelos mais
diversos motivos, o que não entendo é que o livro pago com o dinheiro dos
contribuintes, não esteja disponível para consulta dos interessados na
Biblioteca Pública Municipal de Setúbal.
Ora
se o Município setubalense faz parte da AMRS e como tal pagou indiretamente, porque
razão um destes raros exemplares, que não estão à venda, não se encontra
disponível para consulta na nossa biblioteca?
De
facto se há mistérios na Arrábida, este provavelmente será mais um que os
especialistas terão certamente de se debruçar. Digo eu!...
Rui
Canas Gaspar
2016-maio-13
www.troineiro.blogspot.com
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