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domingo, 29 de maio de 2016

Parte do Aqueduto dos Arcos, em Setúbal, está em perigo de derrocada
A Arca d´Água de Alferrara é uma construção, situada perto do Parque de Merendas de São Paulo, uma zona muito rica em água de boa qualidade, que no século XV foi alvo de captação e envio para a então Vila de Setúbal.
O transporte dessa água era feito por intermédio de um aqueduto, construído ao longo de alguns quilómetros, desde a sua nascente até às muralhas da cidade.
Para distribuir pela população o precioso líquido foi construída uma artística fonte, em 1693, o conhecido Chafariz do Sapal, colocado no centro da cidade, frente ao edifício dos Paços do Concelho. Esta fonte seria posteriormente deslocalizada para a Praça Teófilo Braga, onde hoje ainda a podemos admirar.
Do aqueduto que transportava a água já pouco resta. O mesmo encontra-se integrado na ponta poente do Parque da Algodeia.
A importância desta peça do nosso património edificado levou os nossos responsáveis a declará-la Imóvel de Interesse Público, pelo Decreto nº 516/71 de 22 de novembro de 1971.
Em 28 de novembro de 2014 as águas da Ribeira do Rio da Figueira, que a norte do aqueduto curvam para nascente, rebentaram o muro de proteção ocasionando inundações e prejuízos em toda a zona de Montalvão e Avenida 22 de Dezembro.
A Câmara Municipal de Setúbal atuou rapidamente e tratou de construir um forte muro de betão difícil das águas daquela ribeira poderem rompê-lo de novo.
Fruto, ou não da movimentação das máquinas pesadas no local essa parte do aqueduto, cuja construção já estava fragilizada, começou a apresentar profundas fissuras que se têm vindo a agravar com o tempo.
São vários os setubalenses mais atentos a este fenómeno que se mostram preocupados com a situação que carece de intervenção atempada, diria mesmo urgente, por parte do Executivo Municipal no sentido de consolidar este troço do nosso Aqueduto.
O alerta fica feito, recomendando uma visita ao local dos responsáveis da Proteção Civil, dado que se aquele troço se desmoronar, para além da perca de um dos pouco monumentos históricos que temos na cidade, o entulho ocasionado pelo mesmo irá obstruir o curso da ribeira e as suas águas não rebentarão o muro mas seguramente sairão do leito e voltarão a inundar parte do bairro de Montalvão e Avenida 22 de Dezembro tal como aconteceu em novembro de 2014.
Como mais vale prevenir que remediar, aqui fica o alerta!...
Rui Canas Gaspar
2016-maio-29

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