O que eu vi esta tarde em
Setúbal
Vento
e chuva copiosa conjugada com maré alta são os ingredientes mais que
necessários para que em Setúbal pudéssemos ter uma boa caldeirada, o que não
dei conta que tivesse acontecido.
Por
força das circunstâncias da vida e não por uma questão de divulgação jornalística
tive de andar pela cidade onde observei inúmeros chapéus de chuva espalhados
pela via pública, completamente inoperacionais.
Alguns
cartazes foram arrancados com a força do vento e lá estão até que o tempo dê
tréguas para serem devidamente recolocados, tal como alguns contentores de lixo
tombados.
Um
carro empanado e outro que se despistou era situação mais que previsível na fatídica
zona da Várzea.
O
“caixotão” que se encontra no PUA pronto a receber as areias para ali funcionar
o recinto de futebol de praia, já era, porque as ondas galgaram a muralha e
arrancaram as tábuas do lado sul, tábuas essas que certamente andarão à deriva
no Sado, pelo que recomendo cuidado aos nossos pescadores.
Ai
mesmo, no PUA as ondas traziam a água do rio azul, que hoje mudou de cor, até
ao jardim, inundando também o parque de jogos polidesportivo.
Um
pouco mais abaixo, junto à Docapesca, a água saltava a muralha e o Barco EVORA ali
atracado parecia um verdadeiro toiro mecânico devido à força do vento e às
vagas alterosas.
Nos
pontos altos da cidade a situação era mais calma, com as águas pluviais a
correr livremente para os sumidores.
Os
Sapadores Bombeiros anteciparam-se a eventuais problemas e avançaram com uma
viatura para a Rua de Mormugão, de forma a prevenir inundação na Rua Amílcar
Cabral. Enquanto isso vi os responsáveis da Proteção Civil no terreno a observar
o desenrolar da situação na zona ribeirinha.
Pouco
depois de ter passado por lá, parte da Avenida Luísa Todi era encerrada ao
tráfego automóvel devido à acumulação de águas.
Quem
me pareceu não ter medo das águas, foi o conhecido “viking de Setúbal” que
trajando tal como o faziam aqueles guerreiros nórdicos, com o seu chapéu
ostentando um par de cornos e de bandeira do Vitória ao ombro lá vinha, debaixo
de chuva, pela Avenida Independência das
Colónias, a caminho do café, onde certamente se iria encontrar com outros
adeptos do ENORME que rumariam a Lisboa onde hoje o Vitória Futebol Clube,
defronta o Sporting Clube de Portugal.
Rui
Canas Gaspar
2016-maio-07
www.troineiro.blogspot.com
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