Barco EVORA um valente
guerreiro em luta contra os elementos da Natureza
No
interior das docas que os protegiam os barcos balançavam como se estivessem
dançando num enorme salão de baile, mais parecendo que pretendiam dali sair
para vir buscar o seu par a um dos estacionamentos reservados aos
automobilistas.
Na
parte de fora, acostado à muralha, junto à lota de Setúbal, o vetusto barco
EVORA que ora vinha acima, ora ia abaixo, abanava fortemente, mais parecendo um
enorme touro enraivecido.
Na
primaveril tarde de vendaval de sábado dia 7 de maio de 2016, o vento forte e a
anormal ondulação, conjugada com maré cheia eram fatores, para quase atirar a
embarcação para cima da muralha.
Os
pneus de proteção do barco de pouco serviram e a ausência das necessárias defensas naquele local também não ajudam a
proteger esta ou qualquer outra embarcação que ali fique acostada.
Mais
uma vez, valeu ao “cisne branco do Sado” a sua poderosa construção e sobretudo
a cinta de aço que envolve o robusto barco, construído com chapas de aço de
antigos carros de combate utilizados na Primeira Grande Guerra.
Mas,
como poderoso guerreiro que é, neste dia de tempestade no Sado ele saiu
vencedor na luta contra os elementos da natureza, apenas com alguns arranhões e
poucas feridas no seu interior.
Na
foto que captei parece que o barco EVORA está a ser rebocado pela carrinha para
o parque de estacionamento, e, de facto, pouco faltou para ele ir ali parquear.
Rui
Canas Gaspar
2016-maio-08
www.troineiro.blogspot.com
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