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domingo, 2 de outubro de 2016

Os escuteiros fecham um agrupamento por falta de dirigentes

Cada vez se nota mais a dificuldade de haver pessoas que possam trabalhar em prol dos outros sem auferir qualquer remuneração de ordem financeira apenas por simples amor à causa como são os verdadeiros voluntários.

Em Portugal ainda existem bastantes voluntários, mas insuficientes para tantas necessidades, sejam eles nos Bombeiros, nos Hospitais ou até nos corpos dirigentes dos Escuteiros.

Foram milhares de jovens que passaram um dia pelo Agrupamento 62 do Corpo Nacional de Escutas, sedeado em Setúbal, nas instalações anexas à Ordem Terceira de São Francisco. Alguns desses jovens graças à formação ali recebida viriam a destacar-se no panorama nacional nas mais diferentes áreas.

Aquela unidade escutista completará no próximo ano de 2017 o seu 80º aniversário e, que se saiba, apenas no início dos anos 60 do século passado esteve encerrada por um período de cerca de três anos, até que eu e o Mário Ramos Salgado, então jovens adolescentes a viemos reabrir.

Tínhamos ingressado naquele grupo com pouco mais de 13 anos e, aquando do seu encerramento por falta de dirigentes fomos acolhidos pelo Agrupamento 59 sedeado nas instalações anexas à Igreja de São Sebastião, até que cerca de três anos depois, já mais experientes viemos reabrir a “Ordem Terceira”.

Há pouco fomos surpreendidos pela notícia de que o Agrupamento 62 já não abria este ano devido à falta de dirigentes deixando o concelho de Setúbal com menos uma unidade escutista, embora o C.N.E. ainda disponha de uma dezena em Setúbal e Azeitão e a Associação dos Escoteiros de Portugal (associação que não está na alçada da Igreja Católica) tenha em formação o seu segundo grupo na cidade, terceiro no concelho.

Esta é uma notícia que me deixa particularmente triste e que não será nada agradável para todos aqueles muitos milhares de jovens e menos jovens que um dia passaram pelas fileiras do 62.

Setúbal em particular e Portugal de uma forma geral necessita de pessoas que possam dedicar algum do seu tempo livre à causa do voluntariado tal como necessita que os outros que não queiram ou não possam fazer reconheçam a mais-valia que isso significa, apoiando as instituições que prestam tão meritórios serviços.

Rui Canas Gaspar
2016-outubro-02

www.troineiro.blogspot.com

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