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terça-feira, 22 de março de 2016

Em Setúbal alguém terá de se explicar

Cinco anos volvidos sobre a aquisição do mais moderno equipamento de proteção e prevenção, no âmbito do Plano Municipal de Intervenção no Centro Histórico de Setúbal, afinal o que é que efetivamente funciona?

No final de 2011 foram instalados no centro histórico 32 armários metálicos, de aço inoxidável, que deveriam conter materiais de primeira intervenção, nomeadamente extintor, mangueira e agulheta, equipamentos de proteção individual, (fatos, luvas e botas) e material de sinalização.

Foi “construído” um heliporto no Parque da Algodeia e instaladas 5 colunas informativas e 21 colunas SOS ponto de encontro, para além de ter sido adquirido outro tipo de equipamento de comunicações, dois botes e uma viatura de combate a incêndios.

Tudo isto orçou em várias centenas de milhares de euros, maioritariamente comparticipados pela União Europeia cabendo à Autarquia setubalense uma verba na ordem dos 200 mil euros.

A primeira vez que tivemos uma situação de emergência e que foi necessário utilizar o “heliporto” o helicóptero do INEM deu voltas e reviravoltas e não  conseguiu aterrar. Se calhar o piloto era um “nabo”…

Ao que parece as sofisticadas colunas informativas, alimentadas por painéis solares não funcionam por falta de dinheiro para a manutenção. É que os painéis armazenam a energia em baterias e estas pelos vistos estão com problemas…

Mas o que me parece mais ridículo é que as dezenas de armários metálicos com equipamento de primeira intervenção, estão vazios…  

Os armários localizados em zonas de difícil acesso a veículos de combate a fogos, estão normalmente implantados junto de novas bocas de incêndio e são dotados de fechadura anticrime.

Para operar este equipamento foram convidados algumas dezenas de cidadãos, entre residentes e comerciantes, que integrariam as equipas das Brigadas de Apoio Local, que supostamente terão recebido formação nas áreas de socorro e proteção em 2012.

Falei com comerciantes, proprietários, moradores e bombeiros e cheguei à brilhante conclusão que as tal B.A.L. apenas existem no papel. Também para nada serviam dado que os armários não tem nada lá dentro.

A questão que se coloca ao comum cidadão é muito simples, será que depois de ter sido investido tanto do nosso tão pouco dinheiro ele foi ou está a ser bem gerido?

Será que Maria das Dores Meira, primeira responsável municipal pelo Serviço de Proteção Civil está a par destas graves anomalias, que enganosamente poderão dar a sensação de segurança à população?

Alguém terá de se explicar sobre este assunto. Digo eu!...

Rui Canas Gaspar
2016-março-22

www.troineiro.blogspot.com

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