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domingo, 29 de março de 2015

Está a avançar com rapidez a nova avenida na Várzea de Setúbal

Está já concluído o aterro de sensivelmente mais de metade da nova Avenida que corre na várzea em paralelo com a Avenida dos Ciprestes, no espaço compreendido entre a Avenida da Europa e aquela que foi a Quinta da Inveja.

Depois do enchimento com as areias vindas dos terrenos junto ao Alegro, foi a vez de espalhar a necessária brita e já começaram a ser colocadas as peças de lancil de norte para sul.

Segundo a maquete do projeto que foi apresentada publicamente a avenida em construção terminará na que foi a Quinta da Azedinha, frente às antigas instalações das Águas do Sado, onde deverá aparecer uma rotunda e nova avenida transversal que ligará a dos Ciprestes àquela que está iniciada e que vindo das bandas do Lidl, passa junto ao campo de jogos dos Pelezinhos.

Estas obras em curso fazem parte do Parque Urbano da Várzea, o novo pulmão verde de Setúbal que deverá abarcar uma área de cerca de 40 hectares, podendo eventualmente estender-se até aos 70, se continuar para norte até à propriedade do Ministério da Agricultura.

Para além de amplas zonas relvadas com alamedas o PUV ficará dotado de parque infantil, máquinas desportivas, mobiliário urbano variado, dois grandes lagos com funções recreativas e a imprescindível ciclovia que será construída no perímetro de todo aquele vasto espaço.

O projeto tem ainda como finalidade a prevenção de ocorrências de inundações na cidade, graças à construção de bacias de retenção de águas.

A Câmara Municipal de Setúbal anunciou oportunamente que serão preservadas a herança agrícola e as memórias da ocupação anterior mantendo-se as antigas estruturas, pelo que é naturalmente espectável que o emblemático miradouro e o artístico pombal sejam peças a preservar, a despeito de algumas vozes oriundas dos Paços do Concelho que já “atiraram barro à parede” no sentido de sensibilizar a opinião pública para a elevada despesa que a sua recuperação acarreta.

Desde menino que me habituei a ouvir dizer por cá: “Quem não tem dinheiro não tem vícios” e se foi anunciado que a herança agrícola e as memórias eram para ficar, pois então não serão estas que são seguramente as mais emblemáticas que irão ser demolidas, isso para os setubalenses seria um crime imperdoável contra a sua memória coletiva.

Quanto ao dinheiro, pois que a autarquia continue a gerir os fundos próprios com sabedoria, a fazer as parcerias como o tem feito e a convidar os mecenas para a contribuição dos necessários apoios.

É claro que esta minha preocupação certamente que foi acautelada oportunamente pelos gestores deste importante projeto. Que assim seja, é o meu desejo e certamente o de muitos filhos desta terra do rio azul.

Rui Canas Gaspar
2015-março-29

www.troineiro.blogspot.com

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