Está a avançar com rapidez
a nova avenida na Várzea de Setúbal
Está
já concluído o aterro de sensivelmente mais de metade da nova Avenida que corre
na várzea em paralelo com a Avenida dos Ciprestes, no espaço compreendido entre
a Avenida da Europa e aquela que foi a Quinta da Inveja.
Depois
do enchimento com as areias vindas dos terrenos junto ao Alegro, foi a vez de espalhar
a necessária brita e já começaram a ser colocadas as peças de lancil de norte
para sul.
Segundo
a maquete do projeto que foi apresentada publicamente a avenida em construção
terminará na que foi a Quinta da Azedinha, frente às antigas instalações das
Águas do Sado, onde deverá aparecer uma rotunda e nova avenida transversal que
ligará a dos Ciprestes àquela que está iniciada e que vindo das bandas do Lidl,
passa junto ao campo de jogos dos Pelezinhos.
Estas
obras em curso fazem parte do Parque Urbano da Várzea, o novo pulmão verde de
Setúbal que deverá abarcar uma área de cerca de 40 hectares, podendo
eventualmente estender-se até aos 70, se continuar para norte até à propriedade
do Ministério da Agricultura.
Para
além de amplas zonas relvadas com alamedas o PUV ficará dotado de parque
infantil, máquinas desportivas, mobiliário urbano variado, dois grandes lagos
com funções recreativas e a imprescindível ciclovia que será construída no
perímetro de todo aquele vasto espaço.
O
projeto tem ainda como finalidade a prevenção de ocorrências de inundações na
cidade, graças à construção de bacias de retenção de águas.
A
Câmara Municipal de Setúbal anunciou oportunamente que serão preservadas a
herança agrícola e as memórias da ocupação anterior mantendo-se as antigas
estruturas, pelo que é naturalmente espectável que o emblemático miradouro e o artístico
pombal sejam peças a preservar, a despeito de algumas vozes oriundas dos Paços
do Concelho que já “atiraram barro à parede” no sentido de sensibilizar a
opinião pública para a elevada despesa que a sua recuperação acarreta.
Desde
menino que me habituei a ouvir dizer por cá: “Quem não tem dinheiro não tem
vícios” e se foi anunciado que a herança agrícola e as memórias eram para
ficar, pois então não serão estas que são seguramente as mais emblemáticas que
irão ser demolidas, isso para os setubalenses seria um crime imperdoável contra
a sua memória coletiva.
Quanto
ao dinheiro, pois que a autarquia continue a gerir os fundos próprios com
sabedoria, a fazer as parcerias como o tem feito e a convidar os mecenas para a
contribuição dos necessários apoios.
É
claro que esta minha preocupação certamente que foi acautelada oportunamente pelos
gestores deste importante projeto. Que assim seja, é o meu desejo e certamente
o de muitos filhos desta terra do rio azul.
Rui
Canas Gaspar
2015-março-29
www.troineiro.blogspot.com
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