Quando é que a Fonte Nova
funcionará direito?
Foi
no dia 26 de abril de 2014, que com bombos e festarola se fez luz na velha “Fonte
Nova” com a água a jorrar das bicas e a iluminação led de cor azul a dar um tom
modernaço à velha e emblemática fonte, onde tantas bilhas se partiram.
E
porque o dinheiro está escasso e o desperdício de água potável é crime, um
contador das Águas do Sado foi instalado numa caixa subterrânea, para ser pago
pela Autarquia, e a água começou a jorrar em circuito fechado.
Um
simples programador foi instalado e a luz acende-se à noite, porque de dia não
vale a pena.
E
para comemorar esta melhoria no meu Troino lá esteve o meu homónimo Rui Canas,
Presidente da União de Freguesias acompanhado da sua camarada e minha
Presidente da Câmara, Maria das Dores Meira.
Tudo
muito bem, muito bonito. Aplaudi e simultaneamente fiz o reparo de que já que
se estava com a mão na massa se deveria colocar a esfera armilar e espigão no
alto da fonte, um acessório que dali teria desaparecido em tempos e que até nem
custará tanto assim.
O
facto é que nestes quase doze meses aquela obra que teve a presença dos mais
altos dirigentes cá do sítio raramente funcionou como deve ser, ora porque a
água ficava verde por falta de pastilhas de cloro, ora porque a água sumisse,
ora porque a luz não acendesse, ou fosse lá pelo que fosse.
Valeu
à velhinha Praça Machado dos Santos, a nossa popularmente conhecida Fonte Nova,
a rebocadela que foi dada com pintura posterior nas ruínas do palácio Feu
Guião, tapando-lhe as misérias, bem como a retirada dos fedorentos contentores
e amontoados de lixo que foram substituídos por três enormes contentores
enterrados.
Quanto
à fonte em si, a coitada está mesmo condenada. É que para além do outro Rui
Canas não mandar colocar a esfera, ainda por cima tem uma bomba elétrica a
trabalhar mas sem fazer jorrar água alguma das bicas e, como se isso não
bastasse, encontra-se novamente sem qualquer iluminação.
Sou
apologista da valorização do nosso património, das coisas recuperadas,
funcionais e bonitas, mas gastar-se dinheiro para elas não trabalharem é que
não me parece boa ideia, ainda por cima quando o metal sonante está cada vez
mais escasso.
Rui
Canas Gaspar
2015-março-11
www.troineiro.blogspot.com
Sem comentários:
Enviar um comentário